O CASO SHELL-BASF

Contaminação do Recanto dos Pássaros, em Paulínia-SP foi o caso mais grave envolvendo o uso de agrotóxicos no Brasil.

A empresa Shell Química fabricou agrotóxicos na cidade do interior do Estado de São Paulo entre os anos de 1975 e 1993 causando grande contaminação do lençol freático nas proximidades do rio Atibaia, com os organoclorados Aldrin, Endrin e Dieldrin, com níveis até 11 vezes acima do permitido na legislação brasileira.

A comercialização dos produtos citados foi interrompida no Brasil no ano de 1985, segundo a (Portaria 329/85 do Ministério da Agricultura), mas a fabricação para exportação continuou até a década de 1990.

A Prefeitura de Paulínia pediu ao laboratório da Universidade Estadual Paulista (Unesp) para que realizasse exames de sangue nos moradores bairro e seus filhos. Os exames indicaram que 156 pessoas - 86% dos moradores apresentavam pelo menos um tipo de resíduo tóxico no organismo.

Destes, 88 apresentam intoxicação crônica, 59 apresentavam tumores hepáticos e da tireoide e 72 estavam contaminados por Drins. Das 50 crianças com até 15 anos avaliadas, 27 manifestavam um quadro de contaminação crônica.

Segunda a Associação dos Trabalhadores Expostos a Substância Químicas (Atesq) e o Ministério Público do Trabalho de Campinas, dos 72 mortos, 62 eram funcionários das empresas e 10 trabalharam como agricultores, ou foram proprietários de sítios nas áreas próximas a fábrica.

Em 2010, a Justiça do Trabalho de Paulínia condenou as empresas Shell do Brasil e Basf a pagarem o tratamento médico de todos os ex-trabalhadores da unidade de fabricação de agrotóxicos, mais de 1.000 ex-trabalhadores das empresas foram beneficiados com a sentença, além de parentes, também suscetíveis à contaminação. A decisão ainda determina que cada ex-trabalhador e cada filho de ex-trabalhador receba R$ 64,5 mil.

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